ANALISE POLÍTICA: FRANGO NA PANELA A VISTA: Sinais de Fragilidades no Bonde Barbalhista põe pressão no MDB Paraense limando Hanna Ghassan


 

O Ano de 2025 está as portas, e muita gente aguardando por aquele Frango Temperado na Panela para poder devorar, daqui para os próximos 2 anos teremos eleições para o Governo do Pará, e mesmo com um saldo positivo em que o MDB Regional obteve nas eleições municipais encerradas este ano, muitos integrantes que compõem o Bonde Barbalhista estão exigindo seu pedaço de bolo.

Mas parece que as resistências começaram a se manifestar dentro da cozinha, e os planos de Helder nestes últimos momentos de seu 2° mandato a frente do Executivo Estadual podem estar em risco de falhar, e assim 2018 se repetir em 2026 independente dos resultados conquistados anteriormente!

Conforme noticiado pelo Portal Ver o Fato, o MDB comandado pelos Barbalhos, começam a surgir sinais de resistência à escolha de Helder para sua sucessão: a vice-governadora Hana Ghassan. Embora seja a preferida da “família imperial”, a falta de capilaridade eleitoral da vice é apontada como uma fragilidade. Ela não empolga e não tem o traquejo populista que Helder adora em um parceiro para mexer com as massas. A fritura de Hana, diz uma fonte, está crescendo. As costas do governador suportariam, desta vez, carregar politicamente uma candidata tão pesada?

Em vista disso, grupos liderados por alguns proeminentes deputados evitam confrontar Helder abertamente, mas, habilidosos articuladores, mantêm um movimento de tensão dentro do partido. E já cogitam a substituição de Hana. É óbvio que tudo depende de combinação com os russos, no caso os Barbalho.

Eles pressionam para que a chapa de 2026 seja novamente “puro sangue” emedebista, como na eleição passada, com Iran Lima já sendo cogitado como o nome para compor a chapa como vice. O deputado Chicão, por outro lado, diz a todo mundo que prefere seguir trilhando a via parlamentar. Mas, no fundo, é um soldado que jamais diria “não”, caso seja chamado, para pacificar o partido.

A BRASA PETISTA

Enquanto os Caciques do MDB se debate e brigam internamente entre si, o PT liderado pelo ex-senador Paulo Rocha e os Martins, de Santarém, ensaiam uma jogada ousada no tabuleiro. Cientes do desejo de Helder de ser o vice de Lula na chapa presidencial de reeleição, Rocha articulou no PT nacional uma exigência: a vaga de vice na chapa de Helder em 2026 ficaria com o partido.

Contudo, essa possibilidade de Helder ser vice do petista é um desafio até para videntes.

Em se tratando de vice em 2026 no plano estadual, a indicada seria a deputada estadual Maria do Carmo Martins, figura que quase venceu Simão Jatene em 2002.

Esse movimento colocou pressão sobre o senador Beto Faro, enrolado até o pescoço com denúncias de compra de votos e que até então comandava as articulações do PT no estado. Com resultados pífios nas eleições municipais de 2024, Faro agora vê sua influência minguar, enquanto Rocha e Maria do Carmo ganham força.

O CENÁRIO QUE PODE FAVORECER SUA MAIOR DOR DE CABEÇA E DESILUSÃO

No UNIÃO BRASIL, o Dep. Federal Licenciado e Ministro do Turismo Celso Sabino tem declarado abertamente seu interesse por uma das vagas ao Senado em 2026 e, caso sua pretensão seja frustrada, já sinalizou que pode alinhar a Legenda Partidaria ao PSB, liderado pelo prefeito de Ananindeua, Daniel Santos, provável candidato oposicionista ao MDB.

Essa movimentação adiciona mais pressão sobre a base governista, que já enfrenta desafios para acomodar interesses divergentes.

COP-30 EM RISCO

Mas enquanto tudo isto acontece, a COP-30 que ocorrerá em novembro de 2025 também emitiu esta semana um sinal de alerta que pode comprometer o sucesso do evento na região amazônica

Conforme noticiado pela Jornalista Priscila Santos do Valor Econômico, ela relata um grave problema que a Região Metropolitana de Belém enfrenta no tocante a preparação da cidade para a realização deste evento que é considerado de suma importância para a região, alem da maquiagem que certamente pode colocar em ruina todos os planos de sucesso do evento:

"É essencial desmistificar a ideia de que a infraestrutura determina o sucesso de uma COP. Hospedar tal evento na Amazônia é uma oportunidade estratégica de expor desafios concretos e apontar caminhos para superá-los, muito além da logística. Afinal, precária é a cidade ou a visão sobre o que significa sediar uma COP?

Infraestrutura é importante, mas não é tudo. Não é a ausência de hoteis ou a dificuldade de locomoção que define o sucesso ou o fracasso de uma COP. Durante a Conferência do Clima COP15 em Copenhague, Dinamarca, em 2009, assim como a COP26 em Glasgow, em 2021, muitas pessoas ficaram hospedadas em cidades vizinhas, devido à falta de leitos disponíveis na cidade-sede. Copenhague é lembrada como uma COP fracassada – certamente não pela infraestrutura, mas pela incapacidade das Partes em alcançar um acordo robusto. Problemas logísticos em COPs são regra, não exceção. Alimentação cara e ruim, oferta de hospedagem caótica, com preços absurdos, além de transporte difícil são características de quase todas as edições. Reduzir a COP30 a isso é um desserviço.

Além disso, o discurso de apontar os problemas de Belém segue uma lógica de culpabilização da vítima. Afinal, a população local é a primeira a sofrer com a falta de infraestrutura. Parece que antes da COP a opinião pública não estava tão interessada nesta pauta. O verdadeiro sucesso de uma COP é medido pela capacidade de avançar compromissos climáticos ambiciosos e viáveis. Belém pode, e deve, se tornar um símbolo de como os desafios do território amazônico podem ser transformados em soluções climáticas globais. Autoridades locais devem aproveitar a “atmosfera de COP” para estimular engajamento e participação social que acelerem a adaptação de Belém aos efeitos da mudança do clima, já em andamento. Ainda há tempo e a Cidade das Mangueiras mostraria que o precário não mora na mentalidade de nossas lideranças.

Política do “Pão e Circo”. Infelizmente, o que se observa é uma política do espetáculo: vídeos mostrando trator derrubando áreas de conservação para abrir espaço para carros, discursos vazios e a busca de protagonismo momentâneo. O discurso político megalomaníaco é carregado de oportunismos. Não precisamos da "maior COP de todos os tempos" porque o sucesso de uma COP não se mede pelo número de participantes. Assim como também não se mede por um sorvete batizado de “COP30”. Belém é uma das Cidades Criativas da UNESCO para a Gastronomia desde 2015, título obtido com muito mérito e sem barras forçadas. Precisamos de menos marketing e mais comprometimento político real, sem cair na armadilha de encarar o evento como uma nova Copa do Mundo.

Não é somente sobre ser sede, mas sobre ser um agente político. Precisamos ir além dessa superficialidade. A COP pode trazer um legado estratégico, mas apenas se as autoridades locais e nacionais entenderem seu papel na construção de uma agenda climática séria e comprometida. Os recursos que chegarão são importantes, mas passageiros. O verdadeiro legado é elevar a posição dos amazônidas na mesa de negociação global.

Não temos vergonha do que a nossa cidade é. Ela é fruto do modo como o estado do Pará foi e segue sendo colonizado; reflete a falta de visibilidade e de priorização por investimentos, desafios estruturais de mais de quatro séculos, e a falta de estratégia política sobre uma região que nunca foi priorizada por nenhum governo da história do Brasil."

Diante dos Fatos expostos, só cabe a população que aconteça o que acontecer, mas uma luz favorável se acender para que a realidade de nosso estado saia do abismo que se encontra.

Aguardemos os Próximos Episódios!

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